sábado, 20 de agosto de 2011

Táxis..


Viajar é bom para valorizar a nossa casa...ou a nossa cidade. O Latitute2525s já teve oportunidade de elogiar o sistema de transporte urbano de Curitiba depois que conhecemos o transporte público de San Francisco (Califórnia) em horário “nobre”. Agora é a vez dos táxis.

Muita gente critica a falta de táxis em Curitiba. De fato, Curitiba conta com 2.273 carros, o que dá um táxi para cada 775 habitantes. Não se vê uma profusão de veículos alaranjados, como se vê um mar amarelo no Rio de Janeiro, por exemplo. O curitibano prefere ter seu próprio carro a andar de táxi. Talvez seja por isso que ainda não haja o caos no tele-atendimento de cooperativas curitibanas. Mas, aos poucos, ouvem-se reclamações de pessoas que ficaram esperando um táxi chegar por vários minutos.

Pois bem. Ontem, depois de um curso em Porto Alegre, fiquei quarenta minutos esperando um táxi, no vento e na chuva. Fui mal atendida no telefone do disque-táxi e, ao fim dos quarenta minutos, em vias de perder o vôo para Curitiba, supliquei ajuda para um local, colega de trabalho, que me levou até o aeroporto.

Os táxis passavam cheios e pedíamos para que os motoristas ligassem para suas centrais, mandando vários carros (estávamos em cerca de dez pessoas). Vários colegas ligaram para alguns telefones de disque-táxi que possuíam e obtiveram duas respostas:  ou ninguém atendia ou simplesmente a pessoa dizia que mandaria um carro. É difícil acreditar que depois de 40 minutos, com dez pessoas ligando para companhias de táxis diferentes, que alguém tivesse mandado um carro. Paciência...

O ocorrido chamou atenção para algo: a vanguarda de Curitiba na questão da rádio-táxi. Em 1976 surgia, na terra dos pinhões, a primeira central de táxis, por via telefônica, no Brasil. É importante contextualizar o surgimento dessa “invenção”: em 1976 eram poucas as famílias que possuíam telefone em suas casas e, além disso, a linha telefônica era um bem caro, declarado em imposto de renda.

Ontem, no caos gaúcho, senti saudade do “disque-táxi” eficiente, de pessoas educadas no teleatendimento, da limpeza e conservação exigidas pela URBS nos carros de aluguel...O verdadeiro ensinamento de viajar é sentir saudades de casa e valorizar o que é nosso.

E você, já sofreu com os táxis em Curitiba? Acha o sistema curitibano mais eficiente que o das outras cidades?

Um comentário:

Rogério Dumke disse...

Quando estive em Belo Horizonte também senti saudades do "disque-taxi" Curitibano.
Eu estava em um restaurante e pedi para o garçon chamar um taxi. Ele estranhou e sumiu. Depois voltou dizendo que não tinha entendido e não sabia como fazer isso. Eu pedi então o número do serviço de taxis mineiro para ligar eu mesmo, do celular. O gerente apareceu e informou que aquilo não existia!
Em BH ou você tem um número de celular de um taxista ou fica na rua esperando; Ah! ou vai a pé, claro.
BH será sede da Copa do Mundo FIFA.
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Sobre os taxis Curitibanos tenho dois comentários.
Os motoristas são MUITO ruins, péssimos. Todavia, o serviço é bom porque é muito bem fiscalizado (dos tapetes dos carros até a barba do taxista, tudo passa pelo crivo da URBS).