sábado, 20 de fevereiro de 2010

Rios de Curitiba

Curitibano que se preza não joga lixo na rua. Essa idéia é bem difundida na cidade e a recente reportagem do Fantástico mostrou isso. Porém, essa mesma educação não é colocada em prática quando o assunto são os rios de Curitiba. Entre os principais rios de Curitiba estão o Belém, Iguaçu e Ivo. Mortos, pobres e podres.

O Rio Belém é o mais aparente e provavelmente o mais famoso. Corta a cidade, passando pelo Passeio Público, Rodoferroviária e PUC. O trecho visível próximo a PUC dá bem ideia de como estão nossos rios. Eles é um depósito de lixo a céu aberto e já ouvi falar, mas não sei se é verdade, que o Belém é o 2º rio mais poluído do Brasil, ficando atrás apenas do Tietê.

O Rio Iguaçu nasce em Curitiba e termina em Foz do Iguaçu. Ele não corta o centro, mas faz a divisa de Curitiba com várias cidades, como São José dos Pinhais e Fazenda Rio Grande. O Rio Iguaçu é o maior rio em importância para estado, serve como fator comum a várias cidades, de leste a oeste, mas é um rio natimorto.

O Rio Ivo cortava o centro, a muito tempo foi canalizado, escondido e hoje é quase um ilustre desconhecido. Passou a chamar a atenção recentemente por causa das chuvas que faziam o rio transbordar. A prefeitura foi ver o que estava acontecendo e descobriu que havia uma árvore inteira presa em uma das galerias subterrâneas. A árvore era o maior dos empecilhos para o escoamento da água, mas não o maior problema. O que acontecia era que a galeria está tomada por lixo e a combinação árvore e lixo era fatal.

A retirada do tronco foi feita, mas o problema está longe de ser resolvido. Só será quando tivermos a mesma postura com os rios que temos com nossas ruas, até lá só resta nadar quando chove.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ruas de Curitiba

Emiliano David Perneta formou-se pela faculdade de Direito de São Paulo em 1889. Seus primeiros poemas datam de 1884 - e seu primeiro livro, de 1888.

Depois de formado, Emiliano mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se dedicou ao jornalismo, colaborando em Cidade do Rio e Novidades. A seguir, em Minas Gerais, atuou como promotor de justiça, mas por brevíssimo tempo, logo retornando ao Paraná, para viver em Curitiba. Na capital paranaense, além de trabalhar no magistério e como auditor do Exército, fundou a revista Victrix.

Segundo Massaud Moisés, "a poesia de Emiliano Perneta não apresenta evolução nítida, uniforme. Todavia, alguns temas e modismos prediletos, relacionados com o Amor, a Mulher e a Natureza, marcam-lhe a obra. Pode-se dizer que passou de um ceticismo entediadamente ultra-romântico (ou pré-simbolista) mesclado de seduções parnasianas, a um paganismo dionisíaco, com evidentes notas simbolistas e decadentes [...]".

Simbolista, Emiliano Perneta manteve-se, contudo, ligado ao Parnasianismo, fiel à forma do soneto, que enriqueceu com novas e ricas soluções métricas e rítmicas. Ainda segundo M. Moisés, Perneta "teve intuições avançadas" e só não foi mais moderno "porque carregava às costas o pesado fardo da tradição parnasiana".

Emiliano Perneta foi o principal representante do Simbolismo paranaense - e figura nacional de primeira linha entre os simbolistas.

Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira; Enciclopédia Mirador Internacional

Ruas de Curitiba

Ubaldino do Amaral Fontoura

UBALDINO DO AMARAL FONTOURA, filho de Francisco das Chagas do Amaral e D. Gertrudes Pilar do Amaral, nasceu em 27 de agosto de 1842, na vila da Lapa, então pertencente à província de São Paulo.
Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da capital da mesma província, recebendo, em 22 de novembro de 1867, o grau de Bacharel.
Depois de formado, fixou residência na cidade de Sorocaba, onde abriu banca de advogado, desenvolveu o Gabinete de Leitura dessa cidade, fundou os jornais Sorocabano e Ipanema e levantou a idéia da construção da Estrada de Ferro Sorocabana.
Em 1874, aceitou o convite de Saldanha Marinho para trabalhar no Rio de Janeiro, em sua banca de advogado, onde, em curto tempo, destacava-se como jurisconsulto, sendo seus pareceres aceitos e acatados entre os mais conspícuos cultores do Direito.
Em portaria de 12 de janeiro de 1884, do Ministro do Império, foi nomeado membro efetivo do Conselho Diretor da Instrução Primária e Secundária do município da Corte.
Proclamado o regime republicano, foi nomeado Inspetor da Alfândega do Rio de Janeiro, em decreto de 30 de novembro de 1889; Presidente da Comissão Inspetora da Casa de Correição da Capital Federal, em portaria de 26 de fevereiro de 1890, do Ministério da Justiça; Presidente do Conselho da Intendência Municipal, em decreto de 28 de fevereiro de 1890, sendo exonerado a pedido, em decreto de 11 de agosto do mesmo ano.
Eleito Senador por nove anos pelo Estado do Paraná, em janeiro de 1891, foi Presidente da Comissão dos 21, encarregada de rever o projeto da Constituição da República.
Em 30 de dezembro de 1891, renunciou a cadeira de Senador, porém foi reeleito em 15 de junho de 1892, sendo reconhecido a 16 de julho seguinte; exerceu no Senado os cargos de 1º Secretário e Vice-Presidente no período de maio de 1894 a maio de 1895.
Em decreto de 5 de dezembro de 1894, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, tomando posse a 15 de dezembro seguinte. Foi exonerado, a pedido, em decreto de 4 de maio de 1896.
Foi nomeado Prefeito do Distrito Federal, em decreto de 23 de novembro de 1897, sendo exonerado em decreto de 15 de novembro de 1898.
Em 1903, foi nomeado Diretor do Banco da República e membro do Conselho da Junta Administrativa da Caixa de Amortização.
Exerceu, em 1909, a presidência do Banco do Brasil; havendo sido aproveitados seus serviços como Árbitro do Brasil nos tribunais mistos brasileiro-boliviano e brasileiro-peruano; Advogado do Estado do Paraná na questão de limites com o Estado de Santa Catarina; Embaixador da Comissão Permanente de Arbitramento do Tribunal de Haia; Lente da Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro; Professor do Clube dos Guarda-Livros e da Escola Senador Correia; e Presidente da Sociedade de Legislação Comparada.
Em todos os cargos de sua vida pública revelou sempre grande cultura e inteligência, e foi notável advogado.
Em Decreto Municipal nº 1.165, de 31 de outubro de 1917, foi dado o seu nome a uma das ruas abertas na esplanada do antigo morro do Senado.
Era casado com D. Rosa Cândida de Oliveira Amaral, deixando grande descendência.
Ubaldino do Amaral Fontoura faleceu em 22 de janeiro de 1920, na cidade do Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista.

http://www.stf.jus.br/portal/ministro/verMinistro.asp?periodo=stf&id=172

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carnaval Pé Frio.

Paranaense não tem muito o que mostra no samba. O Carnaval de Curitiba é terrível, o pior do Brasil, e nossas poucas aparrições na Sapucaí não são nada honrosas.

Me recordo de dois momentos em que o Paraná esteve envolvido com o carnaval Carioca. O primeiro foi em 1995 quando a escola Unidos da Ponte decidiu homenagear o estado em seu samba enredo. O resultado foi óbvio, pois todo mundo sabe que polaco não dá samba e a escola acabou entra as últimas, amargando um 14° lugar e quase caindo para o segundo grupo do carnaval.

Esse ano a maldição se manteve. Não fomos samba enredo de nenhuma escola, mas a Positivo Informática patrocinou o desfile da Portela e a escola amargou um 9° lugar.

Isso pode não ser prova científica para nada, mas é uma coincidência que vale o post. Curitiba é tão avessa ao carnaval que qualquer envolvimento se torna trágico.

Para terminar segue o samba enredo de 95, para "matar a saudade".

Fonte da minha inspiração (me leva)
A suave brisa me embala
A natureza, a riqueza dos teus grãos (Paraná)
É jóia rara
Voa gralha azul!
Semeia o pinhão
Os imigrantes fecundaram esse chão
Rainha das flores, musa dos amores

Curitiba, eu te quero muito mais!... (bis)

Tem fandango no samba
Barreado e chimarrão (bis)
Tem porco no rolete, "é do cacete"
É muito bom

Eu vou sambar, a muamba vai passar
Mas esse estado leva a sério o meu Brasil (Brasil, Brasil)
Lindas casas de madeira
De um povo hospitaleiro e tão gentil
Cataratas do Iguaçu
Beleza que fascina os corações
Rua das Flores, o teatro transparente
Delírio de grandes emoções

Gira carrapeta
Muita água vai rolar (bis)
A Boca Maldita falou
Força vem do Paraná

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Vagão do Armistício

O Vagão do Armistício foi um dos resturantes mais importantes da história de Curitiba. Sua contribuição, porém não foi propriamente na área culinárias, mas sim na área artística.

Inaugurado em 1937, o Vagão foi desde sempre frequentado por políticos e pessoas influentes da cidade. O nome era uma referência óbvia ao final da Primeira Guerra e uma das passagens mais interessantes da segunda, pois a rendição alemã foi assinada em um vagão na França e durante a Segunda Guerra Hitler exigiu que a rendição francesa fosse no mesmo vagão.

O restaurante ficava no antigo bairro do Capamena, região de ferroviários, e seus proprietários eram Isaac e Júlia Lazzarotto. Sua importância é exatamente por causa desse sobrenome. A influência dos clientes do restaurante valeram uma bolsa de estudos para que Poty fosse estudar na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro essa foi o início da carreira do maior artista curitibano.

O que seria de Curitiba sem o Vagão do Armistício? Difícil saber, mas certamente ainda existe espaço para esse restaurante existir.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Capanema

O Capanema não existe mais, porém sua história para a Cidade nunca será apagada.

O Capanema encolheu com o tempo, até ser "substituído" pelo Jardim Botânico no final dos anos 80, começo dos anos 90.

Capanema, era um barão do império proprietário de uma grande quantidade de terras em Curitiba. Na primeira década do século passado as terras foram vendidas e teve início o processo de urbanização.

Na década de 30 a região recebia as corridas de cavalo no Prado do Guabirotuba, atual Campos I da PUC PR. Na década de 50 o trem contribuiu para a transformação urbana local e alguns anos depois foi inaugurado o Mercado Municipal. Com a presença da rede ferroviária o bairro passou por um processo de industrialização, concentrando grandes fábricas e grandes terrenos, como por exemplo a fábrica da Brahma, Fiat Lux, Mate Leão e Mate Real. Algumas dessas já não estão mais no local.

Durante muito tempo o bairro, apesar de próximo ao centro, era visto como afastado pois o acesso era difícil. Isso tornava a região um bairro com características operárias.

Na década de 90, com a inauguração do Jardim Botânico, a área que restava do bairro Capanema mudou de nome e iniciou-se um processo de especulação imobiliária. O problema de acesso começou a ser resolvido com a abertura da Av. Dário Lopes e hoje grandes empreendimento aparecem na região.

O Capanema não existe mais, porém sua importância para a cidade é inegável. Além do Mercado Municipal, no bairro ficava o restaurante Vagão do Armistício, dos pais de Poty Lazzaroto e um dos principais pontos de encontro dos políticos paranaenses da década de 30 aos anos 60. Também foi no Capanema que Curitiba sediou os jogos da copa de 50, no estádio Durival de Brito e Silva, eternamento conhecido como Vila Capanema.

5º Encontro de colecionadores de camisas de Curitiba

Abaixo estou colocando um realese muit interessante, ainda mais para quem gosta de futebol.

A expectativa dos organizadores é que cerca de 60 colecionadores participem do encontro, na última edição realizado no fim do ano passado cerca de 50 colecionadores puderam expor e ate negociar várias camisas. " O nosso encontro vem crescendo muito, a cada encontro mais e mais colecionadores participam, a qualidade das camisas também é muito interessante tem camisas antigas e camisas mais novas mas todas com suas histórias e particularidades." Diz Thiago Boeng, 21 anos e um dos organizadores.

Quem for ao encontro conhecerá coleções de vários tipos. "Camisas usadas por jogadores, de goleiro, de seleções ... Cada um tem um foco e uma mais antiga ou exclusiva." Conta Deivid, dono de mais de 50 camisas só do Coritiba.
Lawrence Boeing, é dono de uma das coleções mais curiosas. Ele possui mais de 370 camisas de times "alternativos", ele espera esse ano chegar as 400 camisas.

No último encontro contou com a presença de Vavá, Campeão Brasileiro pelo Coritiba em 85. Ele levou a camisa usada na final de 85 contra o Bangu e também uma camisa trocada em uma partida contra o Flamengo do Zico. Além da sua presença ouvimos as histórias da conquista e também falou sobre a cobrança do pênalti contra o Bangu.
Fotos: Divulgação Fotos: Divulgação

O encontro é aberto a todos, mesmo aqueles que tem apenas uma camisa ou muitas camisas esta convidado a comparecer. Diz Thiago Boeng.

Fonte: http://www.futebolparanaense.net/not.php?id=6791&titulo=5-encontro-de-colecionadores-de-camisas-de-curitiba

Extra 24 horas

O hipermercado Extra inaugurou sua primeira loja 24 horas em Curitiba no final dos anos 90. Pelo que me recordo foi em 1998. Naquela época Curitiba já era uma cidade grande, mas muito mais afoita por novidades que hoje.

Querendo ou não o Extra do Alto da XV virou ponto de encontro. No início das madrugadas de sábado, o hipermercado, era frequentado por jovens de todos os tipos na preparação das festas de fim de semana.

O caso mais inusitado que me recordo foi de dois malucos, Al Capone e Batman, que saíram fantasiados de uma festa e foram ao Extra para finalizar a noitada. Pela euforia do álcool eles se passaram e inocentemente sacaram as armas de brinquedo dentro do mercado. O fato não foi visto com bom humor pela segurança que prendeu os beberrões e encaminhou para a polícia. Não sei no que deu, mas lembro que responderam por tentativa de assalto.

A febre Extra 24 horas passou com o tempo, mas uma das marcas que ela deixou na cidade foi a do não se ter horário definido para nada e, creio eu, isso levou ao fechamento da Rua 24 horas, que ganhou um concorrente muito maior e com mais atrativos.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A escolha equivocada.

O PSDB do Paraná optou pela subserviência na escolha do candidato ao governo do estado.

Em todas as eleições o dircuso do escolhido é sempre o mesmo. "Consultamos as bases e por opção da maioria meu nome foi apontado como a melhor opção para atender a demanda do povo". Isso não acontecerá no Paraná. Seja quem for o escolhido a opção não será a melhor para a população, mas sim a melhor para o candidado a presidente José Serra.

A questão é, a opção de Serra não tem compromisso com os quatro anos de gestão, mas sim com os 4 meses de campanha.

Esse é o posicionamento político do Paraná no cenário nacional. Não é uma opção apenas do PSDB, mas da classe política paranaense.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Collor. Cidadão Honorário do Paraná.

Era só o que faltava. Na semana que Curitiba se prepara para um fervoroso carnaval descubro que por muito pouco e ex-presidente Fernando Color de Melo não foi condecorado com o título de cidadão honorário do Paraná.

A aberração foi proposta deputado estadual Fábio Camargo (fcamargo@alep.pr.gov.br) e rejeitada na casa.

Agora nos resta esperar as explicações do excelentíssimo deputado que quase expos o estado a um vexame nacional pior que o nosso carnaval.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Vergonha alheia, de mim mesmo.

Em ritmo de muito trabalho, a Fundação Cultural de Curitiba começou a preparar a Avenida Cândido de Abreu para receber as escolas de samba de Curitiba e Região Metropolitana, dentro do tradicional desfile de carnaval. As arquibancadas que estão sendo montadas têm capacidade para três mil pessoas, com lugares reservados para portadores de necessidades especiais.

A folia começa às 18h30 deste sábado (13), com a apresentação dos blocos Afoxé, Derrepente e Rancho das Flores. As escolas do grupo de ascensão, ou Grupo B, desfilam a partir das 20h15, seguidas pelas escolas do Grupo A, com desfile previsto para ter início às 23h25 e término às 3h25 da madrugada de domingo. No Grupo B estão "Boi de Pano", "Mocidade Azul", "Unidos de Pinhais" e "Os Internautas". O Grupo A reúne "Unidos do Bairro Alto", "Leões da Mocidade", "Embaixadores da Alegria" e "Acadêmios da Realeza".

A Prefeitura Municipal investiu R$ 425 mil na festa popular. As escolas do Grupo A receberam R$ 25 mil e para cada uma das integrantes do grupo de ascensão foram destinados R$ 18 mil. O grupo ao qual a escola pertence foi definido conforme o número de participantes: mínimo de 230 para as do Grupo A e 160 para as do Grupo B. A outra parte dos recursos foi aplicada na infraestrutura necessária à realização do desfile na avenida, como sistema de som e luz, banheiros químicos, barracas da praça de alimentação e arquibancadas, e também para os bailes no Ginásio Bairro Novo.

Localizado na Rua Ourizona, 1.681, a uma quadra da Rua da Cidadania Bairro Novo, o ginásio abrigará os bailes infantil e adulto, com edições na segunda e terça-feira (15 e 16), sob o comando da Banda Lefigarroo. Para as crianças a diversão vai das 15h às 19h, sendo que o horário para os adultos é das 20h à meia-noite. A entrada é franca e não será permitido o consumo de bebida alcoólica e cigarro.

*Confesso que sinto vergonha alheia dos curitibanos que prestigiam o carnval da cidade, apesar desse ano ter prometido pra mim mesmo que vou de corpo presente "apreciar" tamanha aberração.