Hoje inicia-se a Bienal de Curitiba, no ExpoUnimed, mais conhecido entre os tradicionalistas, que ainda vão ao Jumbo e ao Parati (principalmente a família do editor desse Blog – e aqui vai minha homenagem a todos), como Teatro da Unicenp.
Já tenho marcado na agenda uma visita à Bienal do livro no sábado à tarde. Como hoje fiquei sabendo de um “stand” muito legal, acho que adiantarei a visita para amanhã. Trata-se do espaço da “Estante Virtual”, o Google do sebos. Só falta aquele cheirinho gostoso de livro antigo para dar o tom. Pois bem. O Estante Virtual (www.estantevirtual.com.br) congrega vários sebos e permite uma busca por livros antigos e esgotados. É um vício para os leitores compulsivos e que não tem orçamento suficiente para pagar o preço do frete de outro site que congrega sebos, o Abebooks (www.abebooks.com), este com alcance mundial.
Ok. Mas “que diabos” um site de livros usados ou antigos tem a ver com Curitiba?
É a maneira mais fácil de você achar aquele livro de história curitibana ou paranaense que há tempos procurava. Existem alguns sebos, como o Sebo Osório (http://www.livronet.com.br/), que é ligado ao Estante Virtual, que possui uma seção inteira dedicada a escritores e temas paranaenses. Fenômeno idêntico ocorre com a Feira de Livros Usados
(http://www.feiradoslivrosusados.com.br/).
Além disso, outro fato intrigante relativo aos sebos curitibanos. Há alguns anos, recebemos a visita no Centro Acadêmico Hugo Simas de um doutorando da USP. Além de dar a palestra (Direito Romano, salvo engano), o cidadão queria dar uma volta pelos sebos de Curitiba, pois dizia que os livreiros daqui ainda não tinham noção do preço dos livros que vendiam. Ele conseguiu comprar verdadeiras preciosidades aqui por valor ridículo, se comparado com os valores de São Paulo.
Talvez, com o Estante Virtual, isso tenha mudado um pouco em Curitiba, pois os livreiros ficam sabendo o valor de suas preciosidades. Paciência, são as leis do mercado...No entanto, uma rápida consulta no site pelo livro Trapo, do Cristóvão Tezza, achei uma diferença de R$ 5,00 entre um sebo de Curitiba (mais barato) e um de SP (mais caro). Curiosamente, um livro sobre a história do Porto de Paranaguá custa R$ 100,00 em um sebo daqui e R$ 60,00 em um sebo de Minas Gerais. É a velha lei da oferta e da procura. Será que existem alguém disposto a pagar R$ 100,00 sobre a história de um Porto em um estado sem mar? Acho que não.
E aqui fica o meu convite, que tal você desligar um pouco a TV, deixar aqueles programas inúteis que não servem para nada (do tipo, mesas redonda de futebol e reality shows) e passear um pouco pelos sebos de Curitiba? E nem tem a desculpa da alergia, pois o passeio pode ser, graças ao Estantevirtual, sem sair de casa!
*texto da Gi.
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