sábado, 2 de outubro de 2010

O amargo reinado do prefeito curitibano.

Estamos a menos de 24 horas da eleição e esse é o primeiro post sobre o assunto. O motivo é simples, não tive vontade de escrever sobre política e tão pouco tenho vontade de votar amanhã (a única exceção é para deputado federal que votarei no Cristiano Dionísio - 1255, com orgulho).

Depois de muita água passar por debaixo da ponte vejo uma situação indefinida para governador do estado. Acredito que a eleição será decidida no primeiro turno, independente de quem ganhe, pois não existe uma terceira força para dividir opiniões, e o que me parece é que o Beto Richa está em uma situação que não imaginava nem em seus pesadelos mais tenebrosos.

Em abril Beto largou a prefeitura de Curitiba, após ser reeleito por mais de 60% dos voto e estar com uma aprovação elevadíssima, para uma vitória fácil na corrida pela cadeira do Requião. Faria uma campanha serena, usaria a vitrine eleitoral para se posicionar como gestor moderno e inovador e alimentaria perspectivas no cenário nacional, após uma gestão profissional do Paraná.

O que ninguém imaginou é que Beto teria pela frente um abacaxi ácido. Quando o Lula entrou de peito aberto na campanha do Osmar Dias os percentuais de votos dele começaram a cair e chegaram a um nível em que as pesquisas, sempre alidadas da sua gestão, viraram um grande problema. A campanha do tucano pediu a impugnação das amostras e uma à uma elas passaram a ser escondidas da população.

O Desgaste pode não custar votas, mas fatalmente custou caro a imagem de bom moço de Beto. De lider emergente e gestor moderno Beto passou a carregar a imagem de político provinciano, quase um coronel das araucárias, e por várias vezes nos últimos dias teve seu nome ligado ao termo censura.

Acho complicado ele recuperar sua imagem nesta eleição, pois como disse antes não acredito em segundo turno. E se não vencer as eleições Beto ficará sem qualquer vitrine até 2014, pois acho que um recuo e uma nova canditura para prefeito de Curitiba seria outro tiro no pé. Dessa forma, em perdendo as eleições, Beto estaria enterrando a mais promissora carreira política do Paraná.

Não teria sido melhor lançar o Gustavo Fruet candidato?

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