Projeto itinerante disponibiliza 300 títulos, de clássicos a gibis
DIMITRI DO VALLE
DE CURITIBA
Você está a passeio num dos principais parques de Curitiba. De repente, depara-se com um carrinho elétrico carregado de livros de literatura que podem ser emprestados gratuitamente.
É assim que funciona o projeto de difusão da leitura na capital do Paraná batizado de Biblioparque. Itinerante, o projeto estreou há uma semana e percorre, sempre aos domingos, os cinco maiores parques de Curitiba.
A ideia é que, até o ano que vem, cada um dos cinco parques tenha seu próprio carrinho elétrico do Biblioparque -hoje há apenas um.
Atualmente, são 300 títulos disponíveis -entre livros, obras infantis, revistas e gibis. O plano é expandir para 1.350 ainda neste ano.
No projeto iniciado no último domingo, o leitor encontrou clássicos, incluindo obras dos brasileiros Machado de Assis (1839-1908) e Guimarães Rosa (1908-1967).
Completam o acervo nomes contemporâneos, casos da chilena Isabel Allende e do Prêmio Nobel de Literatura deste ano, o peruano Mario Vargas Llosa.
Para conhecer melhor o catálogo de obras disponíveis, uma tela interativa instalada nas praças dá acesso à sinopse dos livros.
Dois notebooks também estão adaptados para navegação na internet. No local que recebe o projeto, mesas, pufs e cadeiras são espalhados para que os frequentadores comecem a ler as obras no gramado do próprio parque.
SEM BUROCRACIA
Paulino Viapiana, presidente da Fundação Cultural de Curitiba -entidade idealizadora do projeto ligada à prefeitura-, diz que uma das propostas é oferecer empréstimos sem burocracia.
No Biblioparque, o empréstimo das obras -por até 21 dias- é feito após o cadastramento do interessado e a apresentação de um documento com foto.
A devolução dos títulos não necessariamente precisa ser feita nos parques, aos domingos. O frequentador pode devolver os livros em qualquer uma das 13 Casas da Leitura, espalhadas pela cidade.
"Como esse é um momento de descontração, de lazer e de relaxamento para pais e filhos, acreditamos que seria um bom espaço para incentivar o hábito da leitura", afirmou o presidente.
Segundo Viapiana, o Biblioparque segue o modelo de parques europeus, que instalam tendas para leitura e empréstimos de livros.
Junto ao Biblioparque, o leitor também poderá descarregar pilhas, baterias e celulares usados. O projeto tem parcerias com a Vivo e o Ministério da Cultura.
Fonte: Folha de São Paulo
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