Esse ninguém conhece, mas todo mundo sabe onde é. Se um curitibano ouve falar do Bar Mignon é bem provável que não tenha a menor ideia do que se trata, mas ninguém na cidade pode alegar não conhecer o bar do Calcadão da XV que tem o toldo roxo. Pois é, esse é o Bar Mignon, outra relíquia do centro.
Ponto de encontro de turistas que passeiam pelo calçadão, curitibanos relaxando após um dia de trabalho ou ainda de curitibanos que se dão ao luxo de não trabalhar, nem que seja por um dia. Fica no centro da maledicência da cidade, a Boca Maldita, e ilustrava os cartões postais de uma antiga Curitiba, que não tinha o Palácio de Cristal, a Ópera de Arame ou a Torre da Telepar.
O forte do lugar é o chopp, isso é indiscutível, mas a comida também é digna de aplausos. Pela logomarca do bar dá para imaginar que o cachorro quente mais antigo da cidade nasceu ali, afinal ela é composta por um pastor alemão, com uma vina na boca e a frase "cachorro quente desde 1925". O sanduiche lembra muito pouco os tradicionais hotdogs atuais, pois trata-se de um pão com uma salsicha de grosso calibre cortada ao meio e cebolinha. Para acompanhar mostarda preta ácida, muito ácida.
Dos bares pelos quais a Expedição passou acredito que o Mignon é o que tem o futuro mais garantido, pois além de tradicional virou ponto turístico. Agora, que tá na hora do pessoal descobrir que o mignon é o mignon, está.
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