Hoje fui ao Solar do Barão para conhecer o local e ver as exposições que estavam por lá. Achei o casarão fascinante, mas com poucas exposições e muito espaços vazios. Entre as salas um verdadeiro achado. A exposição O Etnógrafo Naïf do jovem artista Joaquim Nunes de Souza.
Joaquim Nunes de Souza era um garoto pobre, quieto, com problemas psicológicos. Ainda adolescente começou a trabalhar em um sebo na capital e se encantou pelas obras da antropologia contemporânea. Aliou essa paixão ao traço e começou a observar e desenhar os curitibanos, fazendo anotações curiosas em seus desenhos.
Em poucos anos os traços de Joca passaram por uma metamorfose que acompanhava seu estado psicológico. A confusão vai tomando conta do papel e da cabeça do rapaz e tudo ganha um aspecto frenético. Os desenhos não são mais claros e as anotações embaralhadas.
Com o deterioramento mental, Joca e sua mãe se mudam para Pinhalão, no interior do Paraná. Joca entra em um exílio mental e morre em 2004, vítima de uma pneumônia.
É uma pena o desperdício de um talento tão grande de forma tão prematura. A melhor forma de entender o rápido e impressionante trabalho do artísta é ir ao Solar, ver todos os desenhos e ler a brilhante descrição do artista feito pelo Curador Pierre Lapalu.
Serviço
O Etnógrafo Naïf. Solar do Barão (R. Carlos Cavalcanti, 533), (41) 3321-3367. De terça a sexta-feira, das 9 às 12 horas e das 13 às 18 horas; sábados, domingos e feriados, das 12 às 18 horas. Até 8 de agosto.
As imagens foram retiradas do site: http://www.gilsoncamargo.com.br/blog/
Atenção. Essa exposição é genial, mas Joaquim Nunes de Souza não existe. Faz parte do trabalho artístico de Pierre Lapalu. A matéria completa sobre a exposição e a "farsa" estão em http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1009598&tit=O-artista-e-um-fingidor-
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Um comentário:
dá uma lida nisso:
http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?id=1009598
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